Epifania


A vontade de escrever esse texto começou quando ontem, voltando da escola no ônibus, percebi o cheiro da senhora que sentava ao meu lado. Ela usava algum creme ou perfume de erva doce e, subitamente, me fez lembrar da minha 7° série( 2005), quando eu tinha uns produtos dessa linha. Me veio à memória então algumas horas atrás, a aula de Literatura que estávamos tendo com o professor Rodrigo. Ao falar de Clarice Lispector, citou epifanias, que ele descreveu como pensamentos súbitos.

Epifania, em outras palavras, é um mergulho em nosso fluxo de consciência, tendo uma visão mais aprofundada das coisas que nos rodeiam. Talvez esse processo epifânico nem tenha acontecido comigo, mas foi a partir do conceito dele que fui analizar o cotidiano das pessoas naquele momento( inclusive, faço de costume). Pensei como nossa vida é uma rotina clássica, fazemos o que temos que fazer, dia após dia. Pelo menos é essa a idéia.

Alguns comportamentos me chamaram atenção ontem, como ver uma criança chorando com todas as forças ao lado mãe que não dava atenção. Uma senhora sentada na porta de sua casa, talvez sem mais nada para fazer no momento, só esperando a noite chegar. Logo depois vi uma mendiga, também fazendo nada, mas sem uma calçada sua para passar o tempo. Uma mulher carregando um bebê, que com certeza não tinha idéia de nada que acontecia e uns dez metros dali, os garotos do sinal, cheirando, ganhando trocados e ao contrário do pequeno neném, já tinham sentido o gosto ruim da vida que levavam. Operários construindo um prédio me lembraram o curso de arquitetura e atrelado a isso o resultado do vestibular.

Foi em engarrafamentos que fiquei analizando a vida que levamos, o sentido que cada um dá a ela. Altdoors, vender, gastar, trabalhar, flashs rápidos do nosso cotidiano. Quantas coisinhas simples fazemos, vemos ou usamos todos os dias? Quase despercebidas, sempre esquecidas.

Levamos os dias adiante e às vezes, sem notar lembramos algo, sentimos além daquilo que vemos. A vida continua e a qualquer momento quem sabe uma epifania faz você perceber mais o mundo que o rodeia.


É... tem dessas coisas.

Abaixo, uma música de Adriana Calcanhoto, lembrei dela e faz muito sentido.
ESQUADROS

Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!

Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção
No que meu irmão ouve
E como uma segunda pele
Um calo, uma casca
Uma cápsula protetora
Ai, Eu quero chegar antes
Prá sinalizar
O estar de cada coisa
Filtrar seus graus...

Eu ando pelo mundo
Divertindo gente
Chorando ao telefone
E vendo doer a fome
Nos meninos que têm fome...

Eu ando pelo mundo

E os automóveis correm
Para quê?
As crianças correm
Para onde?
Transito entre dois lados
De um lado
Eu gosto de opostos
Exponho o meu modo
Me mostro
Eu canto para quem?

Eu ando pelo mundo

E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...

Pela janela do quarto

Pela janela do carro

Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...


Beijocas!

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É de mãos dadas que se abraça o mundo


NÃO EXISTE:

-Meio rio
-Meio oceano
-Meia cachoeira
-Meio ar
-Meio céu
-Meio chão
-Meio mato
-Meio pássaro
-Meio peixe
-Meio bicho
-Meio ser humano...

E MEIO AMBIENTE, EXISTE?



O texto acima é uma adaptação de uma propaganda publicitária que vi num livro há um tempo, não lembro qual e muito menos de quem.

Falar de preservação ambiental já não é novidade para ninguém, mas eu não esperaria até o dia mundial do meio ambiente para fazer propaganda disso. A natureza precisa ser cuidada todos os dias e por todos e é impossível convencer uma população inteira para isso. A questão é que, sabem como fazer mas quase nunca fazem.

Eu não tenho que ser uma bióloga ou ecologista para fazer minha parte. É simples não jogar lixo no chão ou não disperdiçar, por exemplo. É certo que os maiores problemas estão vindo de cima, grandes desmatamentos, tráfico de animais ou a poluição exagerada no ar e na água, tudo visando gerar lucros para as empresas, mas também cabe a mim colaborar.

A natureza fala, ou melhor, está gritando e o que ela tem a dizer pode caber num ano ou num segundo, basta a gente saber ouvir e perceber que ela quer ajuda. Para que isto ocorra a educação ambiental tem uma importância extraordinária porque conscientiza e altera os padrões de comportamento do ser humano.

Abraçar a natureza é um compromisso de cada um e bom negócio para todos. Pois não existe meio futuro, nem meio país.

_Até mais!
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