Todos os verbos do mundo


Paixão à primeira vista por essa música cantada pela Zélia Duncan. Confiram:


Errar é útil
Sofrer é chato
Chorar é triste
Sorrir é rápido
Não ver é fácil
Trair é tátil
Olhar é móvel
Falar é mágico
Calar é tático
Desfazer é árduo
Esperar é sábio
Refazer é ótimo


Amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo


Abraçar é quente
Beijar é chama
Pensar é ser humano
Fantasiar também
Nascer é dar partida
Viver é ser alguém
Saudade é despedida
Morrer um dia vem


Mas amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo

Vídeo aqui.


Abraço!

;)
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A Vida da Gente





Não, essa postagem não é para comentar sobre a novela das seis da Globo, que por sinal começa quase às sete. Pelo contrário, é para dizer o quanto nossas vidas acontecem de forma tão diferentes das que vemos na televisão.

Vejamos bem:
Se formos escolher uma novela qualquer, muito provavelmente iremos encontrar os mocinhos e os vilões, e quase sempre, é claro, envolvidos em alguma trama amorosa. No desenrolar da história nos deparamos com a vítima e o culpado, aquele que está certo e o que está errado.

O fato é que em nossa realidade isso não funciona bem assim. Nas situações que nos deparamos, sempre encontramos momentos em que somos nós o vilões e em outros os mocinhos. Ou melhor, vai depender de quem vê isso. Para algumas pessoas eu serei de um jeito, para outras, me interpretarão completamente diferente.

Ultimamamente tenho reparado muito nisso. Que assim como todo mundo, eu também me encontro na condição de "boa" e "má" ao mesmo tempo, embora a gente nunca queira concordar na segunda possibilidade. Por mais que você se ache a pessoa mais legal e mais bem intencionada do mundo, lembre-se que nem todos irão pensar o mesmo.

É só uma questão de inverter os papéis e tudo muda. Depende do referencial que vê a situação. É relativo. Para algumas pessoas, eu sou vilã.
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10132, Um ano de história.



25 de outubro de 2010, o esperado dia para os calouros de Arquitetura e Urbanismo da Uema. Depois de quase um ano inteiro de espera, finalmente começavam nossas aulas.

Poder estudar Arquitetura era o que eu tanto queria e passei todos os meses que antecederam esse dia imaginando como seria essa experiência. Um lugar desconhecido, pessoas desconhecidas e um 'modo de vida' diferente do que eu levava na escola.

Um ano depois, aqui estamos nós, ralando e suando em nosso 3º período, podendo relembrar o que vivemos nos últimos 12 meses. Desde os muitos desenhos à mão livre, às provas 100%(ou quase isso) coletivas de Alvenaria e Madeira. Das atividades de pláticas às maquetes bonitas (de longe!). De Jane Jacobs à titio Le Corbusier. Ou ouvir ''Alvin e os Esquilos'' cantar: baby, baaaaaaby, baaaby...

Foi uma variedade de coisas novas aprendidas e compartilhadas esse ano, vale citar a Geometria Descritiva, o Desenho de Arquitetura, a História da Cidade ou a Teoria Urbana( quanto a esse último, melhor nem comentar). Dividimos esses momentos também com ótimos e queridos professores. Bom, outros nem tão queridos assim, mas isso é uma oooooutra história.

E nesse tempo todo, claro, um pouco de socialização não faz mal. Tivemos dos passeios pelo Centro Histórico às festinhas "surpresa" de aniversário. Das confraternizações e afins ao vôlei de praia no domingo. E assim, fomos conhecendo uns aos outros, moldando nossas relações, convivendo dia a dia com a nossa realidade de estudantes de Arquitetura e Urbanismo.

Mais sete períodos nos esperam, até lá provavelmente ainda vamos fazer muita coisa, viveremos momentos legais e outros nem tanto. Ainda temos tanto tempo para estudarmos juntos que corremos o risco até de nos enjoarmos e dizermos: "Não aguento mais, quero me formar!". Mas até lá, ainda vamos passar por mais experiências, aprender coisas novas e procrastinar muito, é claro. Só então, poderemos um dia dizer que deixaremos a procrastinação de lado e nos tornaremos Arquitetos Integrais.

Com a palavra, Mozar Melo Menezes:

"Convivência agradável, ou não, todos devemos comemorar, pois estamos encarando JUNTOS esta jornada... não sei se é uma data que deveríamos nos dar Parabéns, ma tô nem aí pra voces. Parabéns à turma 10132 por seu primeiro ano de existência. Que sejamos muitos felizes e realizados, com muito sucesso e prosperidade ( e com um realzinho no bolso $)."

CtrlC do facebook. Aliás, os comentários no facebook estão à todo vapor, rsrsrsss... O pessoal resolveu se confessar.


Essa foi a única foto que conseguimos tirar com TODOS os alunos da 10132, inclusive com os que não frequentam mais.

Vida longa à nossa turma.



Nota posterior:
Procrastinação: diferimento ou ato de adiar de uma ação. Não façam isso. Dá dor de cabeça e nota baixa no final. =)

Um abraço!

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O mundo maravilhoso de Adão Iturrusgarai


Essa semana descobri (ou redescobri) a identidade de um cara genial. Adão Iturrusgarai, dono de um sobrenome que eu nunca me atrevi a ler, desenhista, cartunista, criativo, engraçado, demais!

Suas tirinhas são marcadas por temas que tratam de sociedade, sexo, política, trazendo sempre humor e ironia.

Todos os seus desenhos já têm um traço característico. Quem nunca viu, por exemplo, em algum livro de Português da escola as tiras da famosa Aline, sua personagem mais conhecida? Que inclusive serviu de inspiração para a criação daquela minissérie que passou na televisão.

É de autoria dele também os desenhos feitos para a linha Natura Humor, lembrados?


Passei um tempão vendo os trabalhos do Adão, tem uns cartuns bem legais, uns bem nada haver também e outros, ou melhor, a maioria, bem salientes! Quem quiser dar uma olhada no trabalho dele, pode visitar o blog clicando aqui.

Para este post, selecionei algumas tirinhas. Confiram!












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Desapegar



Resolvi fazer uma faxina geral no meu quarto, daquelas de tirar tudo do lugar para poder reorganizar. Passei uma tarde inteira só fazendo isso, pelo menos meu cantinho agora está bem arrumadinho, de cara nova.

E essa trabalheira toda serviu para eu constatar mais ainda o que eu já sabia: o quanto me apego rápido às coisas. E mais, tenho uma dificuldade enorme para me livrar de certos objetos.

Parece que meu guarda roupa escondia um mundo lá dentro, ou pelo menos, o meu mundo. Achei de tudo um pouco, reencontrei coisas de anos atrás, revistas antigas, lembrancinhas, aulas do ensino fundamental, fardas, roupas, papéis, muitos papéis, bugigangas, até Barbie tinha lá dentro( e nao dou, hahaha).

E então decidi fazer diferente, selecionei o que eu realmente ainda precisaria ou o que realmente seria interessante guardar, me despedi dos rejeitados e pus muita quinquilharia no lixo. Importante lembrar, dessa vez, sem pressão de mãe dizendo:

- Pra quê voce quer isso?

Chamo isso de ato momentâneo de coragem. Mas também, já pensou como estaria essa minha coleção de lembranças daqui a 10 anos se eu continuasse guardando tudo quanto é objeto?

Pois é, tenho essa mania de sentir saudades de tudo. Já tinha até pensado antes em fazer um post sobre isso, saudade, mas esse assunto fica para uma próxima vez. Por hoje o verbo é outro: desapegar. Também é bom aprender isso, pois sentir falta não é legal, não me referindo só à coisas materiais, mas a tudo na vida e bom é quando se sabe lidar com isso, até porque, é inevitável. Nada dura para sempre mesmo.

Reorganizar meu canto já foi um bom começo, meu quarto está mais leve. Ah, e eu também.


Beijos
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Contra as vozes



"...
Porque todo mundo sabe
Que a guerra mais difícil de combater,
É a luta para ser você mesmo em um mundo
Que quer te transformar em outra pessoa
..."

Jon Foreman


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Trecho da música Against The Voices - SWitchfoot
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E Também Aqueles Dias


Agora no mês de junho fez um ano da morte do português José Saramago, conhecido mundialmente por obras como 'Ensaio sobre a Cegueira', 'As Intermitências da Morte' ou 'O Evangelho Segundo Jesus Cristo'.

Ele tornou-se um dos meus escritores preferidos, marcante principalmente por seu sarcasmo delicioso de ler.

No início desse ano li um livro chamado 'A Bagagem do Viajante', uma seleção de crônicas de diversos temas e eu escolhi compartilhar uma dessas crônicas com voces. Não coloquei o texto na íntegra porque ele é meio extenso e acabaria ficando meio enfadonho, mas foi o que achei mais interessante para por aqui agora.

E TAMBÉM AQUELES DIAS

E houve também aqueles dois gloriosos dias em que fui ajuda de pastor, e a noite de permeio, tão gloriosa como os dias. Perdoe-se a quem nasceu no campo, e dele foi levado cedo, esta insistente chamada que vem de longe e traz no seu silencioso apelo uma aura, uma coroa de sons, de luzes, de cheiros miraculosamente conservados intactos. O mito do paraíso perdido é o da infância – não há outro. O mais são realidades a conquistar, sonhadas no presente, guardadas no futuro inalcançável. E sem elas não sei o que faríamos hoje. Eu não o sei.

Meus avós tinham decidido, porque a venda dos bácoros havia sido fraca, que o resto das ninhadas seria vendido na feira de Santarém, por melhor preço e sem mais gasto de dinheiro. Porque o caminho seria andado a pé, quatro léguas de campo, a passo de porco pequeno, para que os animais chegassem à feira com sorte de comprador. Perguntaram-me se eu queria ir de ajuda com o tio mais novo – e eu disse que sim, nem que fosse de rastos. Ensebei as botas para a caminhada e escolhi no alpendre o pau que mais jeito dava aos meus doze anos esgalgados. Sempre foram caladas as minha alegrias, e por isso não soltei os gritos que me estavam no peito, que até hoje não pude deixar sair.

(...)

Acordei quando meu tio me chamou, madrugada alta. Sentei-me na manjedoura e olhei para a porta, com os olhos piscos de sono e deslumbrados por uma luz inesperada. Saltei para o chão e vim ao pátio: na minha frente estava uma lua redonda e enorme, branca, entornando leite sobre a noite e a paisagem. Era tudo branco refulgente onde a lua dava e negro espesso nas sombras. E eu que só tinha doze anos, como já ficou dito, adivinhei que nunca mais veria outra lua assim. Por isso é que hoje me comovem pouco os luares: tenho um dentro de mim que nada pode vencer.

(...)

Começamos a subir para Santarém quando o sol nascia. Estivemos na feira toda a manhã e parte da tarde. Não vendemos os bácoros todos. Por isso tivemos que regressar também a pé, e foi aí que aconteceu aquilo que não tornou mais a acontecer. Por cima de nós formou-se um anel de nuvens que quase ao sol-pôr enegreceram e começaram a largar chuva, e então por muito tempo andamos sem que uma gota nos apanhasse, enquanto à nossa volta, circularmente, uma cortina de água nos fechava o horizonte. Por fim as nuvens desapareceram. A noite vinha devagar entre as oliveiras. Os animais faziam aqueles ruídos que parecem uma interminável conversa. Meu tio, à frente, assobiava devagarinho.

Por causa de tudo isso me veio uma grande vontade de chorar. Ninguém me via, e eu via o mundo todo. Foi então que jurei a mim mesmo não morrer nunca.

José Saramago

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