A Vida da Gente
10132, Um ano de história.
25 de outubro de 2010, o esperado dia para os calouros de Arquitetura e Urbanismo da Uema. Depois de quase um ano inteiro de espera, finalmente começavam nossas aulas.
Com a palavra, Mozar Melo Menezes:
Essa foi a única foto que conseguimos tirar com TODOS os alunos da 10132, inclusive com os que não frequentam mais.
Vida longa à nossa turma.
Um abraço!
O mundo maravilhoso de Adão Iturrusgarai
Desapegar
Resolvi fazer uma faxina geral no meu quarto, daquelas de tirar tudo do lugar para poder reorganizar. Passei uma tarde inteira só fazendo isso, pelo menos meu cantinho agora está bem arrumadinho, de cara nova.
Contra as vozes
E Também Aqueles Dias
Ele tornou-se um dos meus escritores preferidos, marcante principalmente por seu sarcasmo delicioso de ler.
No início desse ano li um livro chamado 'A Bagagem do Viajante', uma seleção de crônicas de diversos temas e eu escolhi compartilhar uma dessas crônicas com voces. Não coloquei o texto na íntegra porque ele é meio extenso e acabaria ficando meio enfadonho, mas foi o que achei mais interessante para por aqui agora.
E TAMBÉM AQUELES DIAS
E houve também aqueles dois gloriosos dias em que fui ajuda de pastor, e a noite de permeio, tão gloriosa como os dias. Perdoe-se a quem nasceu no campo, e dele foi levado cedo, esta insistente chamada que vem de longe e traz no seu silencioso apelo uma aura, uma coroa de sons, de luzes, de cheiros miraculosamente conservados intactos. O mito do paraíso perdido é o da infância – não há outro. O mais são realidades a conquistar, sonhadas no presente, guardadas no futuro inalcançável. E sem elas não sei o que faríamos hoje. Eu não o sei.
Meus avós tinham decidido, porque a venda dos bácoros havia sido fraca, que o resto das ninhadas seria vendido na feira de Santarém, por melhor preço e sem mais gasto de dinheiro. Porque o caminho seria andado a pé, quatro léguas de campo, a passo de porco pequeno, para que os animais chegassem à feira com sorte de comprador. Perguntaram-me se eu queria ir de ajuda com o tio mais novo – e eu disse que sim, nem que fosse de rastos. Ensebei as botas para a caminhada e escolhi no alpendre o pau que mais jeito dava aos meus doze anos esgalgados. Sempre foram caladas as minha alegrias, e por isso não soltei os gritos que me estavam no peito, que até hoje não pude deixar sair.
(...)Acordei quando meu tio me chamou, madrugada alta. Sentei-me na manjedoura e olhei para a porta, com os olhos piscos de sono e deslumbrados por uma luz inesperada. Saltei para o chão e vim ao pátio: na minha frente estava uma lua redonda e enorme, branca, entornando leite sobre a noite e a paisagem. Era tudo branco refulgente onde a lua dava e negro espesso nas sombras. E eu que só tinha doze anos, como já ficou dito, adivinhei que nunca mais veria outra lua assim. Por isso é que hoje me comovem pouco os luares: tenho um dentro de mim que nada pode vencer.
(...)
Começamos a subir para Santarém quando o sol nascia. Estivemos na feira toda a manhã e parte da tarde. Não vendemos os bácoros todos. Por isso tivemos que regressar também a pé, e foi aí que aconteceu aquilo que não tornou mais a acontecer. Por cima de nós formou-se um anel de nuvens que quase ao sol-pôr enegreceram e começaram a largar chuva, e então por muito tempo andamos sem que uma gota nos apanhasse, enquanto à nossa volta, circularmente, uma cortina de água nos fechava o horizonte. Por fim as nuvens desapareceram. A noite vinha devagar entre as oliveiras. Os animais faziam aqueles ruídos que parecem uma interminável conversa. Meu tio, à frente, assobiava devagarinho.
Por causa de tudo isso me veio uma grande vontade de chorar. Ninguém me via, e eu via o mundo todo. Foi então que jurei a mim mesmo não morrer nunca.
José Saramago
Maio
"Maio
Já está no final
O que somos nós afinal
Se já não nos vemos mais
Estamos longe demais
Longe demais.
(...)"
Kid Abelha
Composição: Paula Toller / George Israel
Crescer
Quando eu era pequena, o mundo em minha volta tinha um sentido diferente, eu não sabia de quase nada e muito do que eu fazia ou pensava dependia da minha imaginação.
Não sabia exatamente o que era crescer, na verdade me lembro de quando eu
acreditava que certo dia dormiríamos crianças e acordaríamos adultos, como num passe de mágica. Lembro também de ter perguntado à minha mãe o que íamos fazer com o telhado da casa no dia em que a gente ficasse mais alto que ela. Eu tentei tantas e tantas vezes desenhar um simples ‘boneco palito’ e nunca conseguia. E nessa época, eu tinha medo de polícia e fotógrafo e por um tempo até acreditei em Papai Noel. Me intrigava e não fazia idéia de como as pessoas iam parar dentro da televisão ou como as vozes saíam do rádio. Quando eu era criança, qualquer pessoa de 13 ou14 anos já representava a figura de um adulto pra mim, ou como eu chamava: ‘um grandão.’Então eu cresci, e muitas coisas que me pareciam difíceis ou impossíveis de entender, eu entendi. Não sou mais a criança totalmente indefesa mas ainda não consegui me sentir adulta, embora muitos já me considerariam assim. Sei que tenho muito a descobrir pela frente, ainda há coisas a serem resolvidas, explicadas e vistas com um outro olhar. Mas eu não tenho mais pressa. É tudo um processo... como sempre foi.
O que faz você feliz?
EVERYBODY’S CHANGING
Filmes geralmente têm a capacidade de mexer conosco, pode ser pela história, por algumas situações ou frases que trazemos para a nossa realidade, ou então, por causa da trilha sonora que quase sempre está tocando ao fundo, dando mais emoção à situação. O que é diferente de nossas realidades, pois pode estar acontecendo a pior ou melhor coisa do mundo e nem sempre tem uma musiquinha compatível tocando atrás.
Comigo também é assim, mas uma música resolveu se fixar em minha mente bem na hora em que acontecia comigo uma coisa digamos, nada legal. Eu cantava essa música na minha cabeça na hora e agora toda vez que a ouço, lembro da tal situação.
Bom, esse post é para compartilhar com vocês essa música que eu acho muito bonita. Se chama Everybody’s Changing, da banda KEANE. É uma banda Inglesa formada por volta de 1995 . O curioso é que eles não usam nem guitarra, nem baixo nas suas composições, apenas piano e bateria, e a música não deixa de ser boa.
Como não consegui carregar o vídeo dessa música, para ver e ouvi-la, clique aqui.
Todo Mundo Está Mudando
Parecidos
Caos Urbano
Pedi a um primo meu que escrevesse algum texto com tema social ( e ir logo treinando para o vestibular) e ele escolheu falar sobre os ônibus coletivos de São Luís. Como reconhecimento por seu esforço, uma postagem no Quase Anônima ( grande coisa, hahaha).
As grandes cidades são conhecidas, entre outras coisas, pelo enorme fluxo de pessoas. Diariamente os habitantes precisam utilizar um meio de transporte rápido, barato e de fácil acesso, mas infelizmente não é isso o que acontece no cotidiano dos usuários do transporte coletivo de São Luis.
A capital maranhense tem uma tarifa abusiva se formos comparar sua qualidade à renda popular do penúltimo estado mais pobre do Brasil. Em quase todos os pontos da cidade o que observamos são ônibus lotados, principalmente nos chamados horários pico, são eles no início da manhã, da tarde e da noite. Condições precárias em alguns veículos devido à falta de manutenção e ao seu tempo de uso, já os fazem “cair aos pedaços”.
Os terminais de integração são outro problema. Quando foram inaugurados tinham como o objetivo integrar as linhas e facilitar a vida dos usuários, isso foi alcançado mas em compensação, é rodeado de inúmeros problemas como a falta de fiscalização, organização, manutenção e a demora dos coletivos.
Outro ponto importante a se destacar é, sem duvida, o desrespeito com os idosos, gestantes e deficientes físicos dentro dos coletivos, já que nem sempre têm seu devido tratamento especial diante de tal situação.
Este é o retrato diário de uma cidade que continua a crescer mas ainda está longe de se adaptar plenamente às necessidades dos ludovicenses. O que falta é um interesse maior por parte das autoridades em fiscalizar as empresas e em puni-las no descumprimento das normas que regem o transporte coletivo e assim, garantir a satisfação de todos os usuários.
Luis Ricardo
=*
Desenhos
O negócio é projetar
Acontece muito de pessoas perguntarem qual é a diferença entre Engenheiros Civis e Arquitetos e Urbanistas, pois são duas profissões que parecem semelhantes. E realmente são, mas é possível notar boas diferenças que acabam passando despercebidas por quem não conhece de perto.
No geral, ambos atuam na construção de edifícios ( comerciais e residenciais etc.). O engenheiro é responsável por executar a obra, colocar 'em pé' o projeto do arquiteto. É claro que uma profissão tem um certo conhecimento sobre a outra. Por exemplo, um arquiteto não pode projetar um edifício que não tem condições de ser erguido, logo, precisa ter noções de engenharia para saber disso, assim como um engenheiro é capaz também de projetar.
A diferença é que enquanto o estudante de engenharia vê matemática, física, estatística, desenho, lógica, etc( área de exatas), o currículo de arquitetura mescla disciplinas de Humanas e Exatas, como matemática, arte, resistência de materiais, desenho, computação gráfica.
paisagismo, onde desenvolvem espaços abertos, como jardins, parques e praças. E atuam não só na construção, mas também projetam e organizam espaços internos, além de trabalharem na área de urbanismo, que por sinal é muito importante, onde são capacitados para planejar uma região, bairro, cidade, elaborando um plano diretor e zoneamentos voltados para o crescimento.E mais, atuam também na área de monumentos e patrimônio cultural. E o engenheiro, além de edifícios, projeta, gerencia e executa pontes, viadutos, estradas, canais, barragens, portos.
Para 2011...
Primeiro, pessoas desejando a pessoas feliz ano novo.